quinta-feira, 21 de setembro de 2017

Diabetes em idosos requer cuidados redobrados

O risco de sofrer problemas cardiovasculares, como AVC e infarto, aumenta nessa faixa etária em pacientes diabéticos


A população brasileira está vivendo cada vez mais. Um estudo da Organização Mundial da Saúde (OMS) informa que até 2050, 30% dos brasileiros terá mais de 60 anos (1). Dentre as doenças mais comuns em idosos, destaca-se o diabetes tipo 2, que além de necessitar de cuidados especiais para a terceira idade também pode levar a outras complicações, como as doenças cardiovasculares.

A insuficiência cardíaca é a principal causa de internação e a obstrução das artérias coronárias é responsável por cerca de 70% a 80% das mortes em idosos (2). Por essa razão, o cardiologista e geriatra Dr. Roberto Miranda ressalta a importância da prevenção cardiovascular em pacientes idosos com diabetes tipo 2, já que o risco de infarto em diabéticos é de 2 a 4 vezes maior se comparado com um indivíduo que não tem a doença (3).

“É surpreendente que muitos pacientes ainda não saibam que o diabetes é responsável por aumentar os riscos de doenças no coração. A doença cardiovascular no diabético mata mais que HIV, tuberculose e câncer de mama na população mundial4,5. Esta é uma complicação silenciosa que precisa ser do conhecimento de todos”, explica o cardiologista.

Por essa razão, é fundamental que o paciente procure seu médico para saber mais sobre as melhores opções de tratamento. Confira abaixo outros cuidados importantes que o paciente idoso que tem diabetes precisa ter:



Controle da pressão arterial e dos níveis de colesterol

A pressão arterial e o colesterol precisam ser tão monitorados quanto os níveis de glicose no idoso com diabetes. Há estudos expressivos que defendem que o controle simultâneo da pressão arterial, do colesterol e do açúcar no sangue é fundamental para a redução de morte em razão de complicações cardiovasculares (2,4). A pressão alta pode causar doenças como angina, caracterizada pela dor no peito em função do enfraquecimento dos músculos do coração, isquemias, que acontecem com a interrupção do fluxo sanguíneo em uma artéria, e infarto do miocárdio, causado pela obstrução de uma artéria coronária.



Atenção à comorbidade e prevenção de interação farmacológica

A comorbidade, que é presença de duas ou mais doenças crônicas concomitantes em um indivíduo, é outra questão que merece muita atenção nos idosos diabéticos. Por terem, geralmente, mais doenças que as pessoas mais jovens, os idosos fazem uso de vários medicamentos, o que pode acarretar em uma interação farmacológica e, consequentemente, um tratamento pode interferir no outro, piorando o estado de saúde do paciente. “Por isso, é fundamental que os idosos consultem médicos, como o geriatra, que gerenciem a saúde como um todo, analisando todas as patologias e seus respectivos tratamentos, assim com complicações que podem surgir no meio do caminho”, explica Dr. Miranda.



Risco de hipoglicemia

Pode acontecer de o paciente idoso esquecer-se de tomar o medicamento ou ainda de tomar duas vezes em um único dia. Segundo o médico, tomar por engano o medicamento para diabetes duas vezes é extremamente preocupante. “Em casos em que o paciente toma uma dose maior do que a prescrita, dependendo do medicamento, ele pode sofrer hipoglicemia, que é uma queda acentuada do nível de açúcar no sangue”, explica. Sudorese, palpitação, sonolência e cansaço são os principais sintomas da hipoglicemia, mas nos idosos esses sintomas podem demorar mais para aparecer e ainda podem ser confundidos com alterações neurológicas. Assim sendo, é importante que os cuidadores e familiares estejam atentos à frequência e uso das medicações.



Prevalência de sedentarismo

Quanto mais idade, maior é a prevalência de obesidade e de sedentarismo. É natural que o idoso mude a sua rotina de vida, exercitando-se menos por uma limitação natural do seu físico. Entretanto, para o idoso que tem diabetes, a recomendação é não se acomodar e manter um estilo de vida saudável e ativo. O cardiologista reforça a necessidade de consultar um médico antes do início de atividades físicas. “O idoso precisa receber uma recomendação médica, alimentando-se antes dos exercícios para evitar hipoglicemia, vestindo roupas adequadas com a temperatura do ambiente e se hidratando previamente para evitar desidratação, que também acontece mais facilmente quando há alta dos níveis de glicose”, conclui. 



Referências

1. Organização mundial da saúde. Disponível em: http://apps.who.int/iris/bitstream/10665/186468/6/WHO_FWC_ALC_15.01_por.pdf, acesso em 29.08.2017.

2. Arq. Bras. Cardiol. vol.79 no.6 São Paulo Dec. 2002. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0066-782X2002001500011. Acesso em 28.08.2017.

3. Sociedade Brasileira de Diabetes. Disponível em: www.diabetes.org.br, acesso em 1/6/2017

4. IDF Diabetes Atlas, 2015. 7th Edition. http://www.idf.org/diabetesatlas..

5. OMS – Globocan 2012 :Estimated Cancer Incidence, Mortality and Prevalence in 2012 disponível em: http://globocan.iarc.fr/Pages/fact_sheets_cancer.aspx, acesso em 14/1/2016.


Fonte: conteúdo enviado pela agência de comunicação Weber Shandwick. A matéria dá bastante foco a atendimentos médicos e tratamentos farmacológicos, mas em muitos casos outros profissionais também são indicados para a atenção da pessoa idosa, e há ainda práticas promotoras de saúde coadjuvantes ou substitutivas, conforme o caso, à terapia medicamentosa.



Destaco do "Relatório Mundial de Envelhecimento e Saúde" (disponível para baixar em: http://apps.who.int/iris/bitstream/10665/186468/6/WHO_FWC_ALC_15.01_por.pdf), da Organização Mundial de Saúde, o seguinte trecho, que contesta as justificativas dos planos de saúde para aumentos abusivos para faixas etárias acima de 59 anos de idade:

"Outra suposição comumente feita é de que as crescentes necessidades de populações maiores levarão a aumentos insustentáveis nos custos de saúde. Na realidade, esse cenário não está muito claro. 

Embora a idade avançada seja geralmente associada a aumento nas necessidades relacionadas à saúde, a associação com a utilização de cuidados de saúde e das despesas é variável (14–17). De fato, em alguns países de alta renda, as despesas de saúde por pessoa caem significativamente após aproximadamente 75 anos de idade (enquanto as despesas com cuidados de longo prazo aumentam) (18–20). Uma vez que mais e mais pessoas estão chegando a idades mais avançadas, permitir que elas levem uma vida longa e saudável pode, portanto, realmente aliviar as pressões sobre a inflação nos gastos com saúde. 

A associação entre idade e gastos com saúde também é fortemente influenciada pelo próprio sistema de saúde (21). Isso provavelmente reflete diferenças em sistemas de provedores, incentivos, abordagens de intervenções em adultos maiores frágeis e normas culturais, principalmente próximo ao falecimento. 

Na verdade, não importa quantos anos temos, o período de vida associado com os maiores gastos de saúde está relacionado ao último ou dois últimos anos de vida (22). Porém, essa relação também varia significativamente entre os países. Por exemplo, cerca de 10% de todos os gastos com saúde na Austrália e nos Países Baixos, e cerca de 22% nos Estados Unidos, são incorridos no cuidado de pessoas durante o seu último ano de vida (23–25). Além disso, os últimos anos de vida tendem a resultar em gastos mais baixos com saúde nos grupos de idades mais avançadas. 

Embora mais evidências sejam necessárias, prever custos futuros de saúde com base na estrutura etária da população é, portanto, um valor questionável. Isso é reforçado por análises históricas que sugerem que o envelhecimento tem muito menos influência sobre os gastos com saúde do que diversos outros fatores. Por exemplo, entre 1940 e 1990 nos Estados Unidos (um período de envelhecimento significativamente mais rápido da população já ocorrido), o envelhecimento parece ter contribuído apenas cerca de 2% dos gastos com saúde, enquanto as mudanças relacionadas à tecnologia foram responsáveis entre 38% e 65% de crescimento (19)."

quinta-feira, 14 de setembro de 2017

Todo o poder de controle circula entre o povo, que o exerce através de dispositivos disciplinares do corpo e reguladores da população

Car@s Amig@s da blogosfera.



Compartilho aqui com vocês algumas reflexões a partir da leitura do último capítulo do livro “História da sexualidade 1: A vontade de saber” de Michel Foucault, para a disciplina de “Estudos de Biopolítica e Saúde”, da pós-graduação da Faculdade de Medicina da USP, sob coordenação dos Professores Ricardo Rodrigues Teixeira e Rogério da Costa Santos.

Na verdade, este é um convite para a continuação e ampliação do diálogo na rede, através de novos comentários e reflexões que venham se somar a esses que publico agora.

E começo questionando: quando nos interrogamos “qual o sentido da vida”, não estaríamos na verdade tentando identificar as forças que operam sobre a nossa vida e que nos conduzem pelos caminhos que seguimos?



imagem de capa do livro “O Leviatã” de Thomas Hobbes (com a ideia de poder como exercício da soberania, contestada por Foucault), trazida em aula pelo Prof. Ricardo



Direito de morte e poder sobre a vida – reflexões

Em “Direito de morte e poder sobre a vida”, último capítulo do livro “História da sexualidade 1: A vontade de saber”, Foucault analisa os diferentes tipos de poder exercidos na história e sua relação com o desenvolvimento de mecanismos ou tecnologias de governo da vida.

O primeiro tipo identificado por Foucault é o poder sobre a morte, o poder do soberano, como um poder de dispor da vida dos súditos, simbolizado pelo gládio (espada de guerra). O soberano possuía legitimidade para decidir sobre a morte dos súditos. O soberano era titular do “direito de apreensão” (confisco como mecanismo de poder), de se apoderar da vida dos súditos para depois suprimi-la, como referido expressamente por Foucault (fls.129 do pdf). Numa analogia com o conceito atual de capacidade jurídica, os súditos poderiam ser considerados como “menores” em função da ausência de capacidade de decisão sobre a própria vida. Sob essa premissa, o suicídio seria uma forma de emancipação. Mas mesmo podendo decidir a morte dos súditos, o soberano não os conduzia diretamente na forma de levar a vida.

A partir da época clássica, o confisco da vida deixa de ser o principal mecanismo de poder, cedendo espaço à gestão da vida em si como foco do exercício de poder em defesa da sobrevivência de determinada população. A intervenção direta na conduta humana passa a ser o principal mecanismo de poder. No lugar da espada do soberano a guerra em nome do Estado, consubstanciada num poder de morte ampliado, plural, mas em nome da sobrevivência de um povo a partir do extermínio ou dominação de outro. Neste caso, o suicídio seria também uma forma de emancipação, não em relação ao soberano, mas ao controle do Estado e da sociedade. Uma forma de resistência ao poder controlador através da eliminação do objeto de intervenção do poder: a própria vida.

À morte então se opõe a proteção das vidas, e somente invocando esta razão é possível legitimar a decisão de causar a morte de alguém, como um “perigo biológico para os outros” como menciona Foucault (fls. 131 do pdf). Não seria exatamente esse o fundamento para isolar do convívio com a sociedade os condenados pela Justiça Penal, os “loucos”, os adictos, porque representariam um perigo para a vida dos outros? Um perigo para a “normalidade” da vida em sociedade? Ainda os pobres nas regiões periféricas das cidades, como forma de impedir-lhes a ocupação dos espaços centrais e estratégicos na condução do funcionamento da sociedade?

Foucault então identifica o segundo tipo de poder, o poder sobre a vida, na forma de disciplinas do corpo e de regulação da população, ambas voltadas à gestão da vida. Ambas instituem a vida como “produto” do poder. E no sistema capitalista, o “produto-vida” (individual e coletivo) tem um valor diferenciado conforme lhe são atribuídos mais ou menos investimentos sobre o corpo vivo. O controle assim é exercido através da depreciação das vidas desconformes ao modelo capitalista, que justifica a atuação das forças que sustentam os processos econômicos bem como a segregação e hierarquização social (fls. 133 do pdf).

O biopoder é ativado a partir do momento em que a subsistência como possibilidade de vida para além do atendimento das necessidades básicas e defesa contra os riscos biológicos (fome e peste) é possível ser garantida por tecnologias de produção de alimentos e de estudo da vida. O saber sobre a vida é assim localizado como poder sobre a vida, como uma tecnologia política.

Ao afirmar que “o homem moderno é um animal, em cuja política, sua vida de ser vivo está em questão” (fls. 135 do pdf), estaria Foucault questionando ou refutando a ideia de livre arbítrio? Qual a real autonomia do homem moderno na condução de sua vida? A consciência dos mecanismos e técnicas de poder em ação na condução da vida podem produzir gradações entre a autonomia limitada e a total escravidão? E se a consciência se desenvolve a partir da experiência prática, estando o homem numa contínua prática controlada, como escapar a esse controle, ou seja, conquistar sua autonomia na condução da vida?

Na sociedade do controle o direito exerce um papel fundamental como poder regulador da vida e de suas possibilidades. As normas jurídicas se constituem como ferramentas do poder político sobre a vida, objeto de normalização, através da reprodução normativa em outras searas. É assim que as pessoas aceitam e consideram natural viver uma vida regrada. Mas como foco do poder político, a vida se sobrepõe e resiste ao direito como norma de proteção do Estado, para transformar o direito em ferramenta de defesa da própria vida, para proteção das necessidades fundamentais do homem e na luta pela plenitude existencial (fls. 137 do pdf). Mas de que vidas estamos falando? Quais as reais possibilidades de resistência ao poder controlador e de luta em defesa de uma vida plena tem as pessoas em situação de vulnerabilidade social, cuja vida se resume à busca pelo atendimento das suas necessidades básicas e defesa contra os riscos biológicos (fome e doenças)?

Como consequência lógica do poder sobre a vida, o sexo se tornou alvo central das intervenções políticas, pela possibilidade de exercício concomitante das duas formas de poder sobre a vida: disciplina do corpo e regulação da população. Na sociedade do sexo, a sexualidade é objeto do poder político visando o controle da vida, do corpo individual e social. Nas palavras de Foucuault “O sexo é acesso, ao mesmo tempo, à vida do corpo e à vida da espécie” (fls. 138 do pdf). Não é à toa que as disputas envolvendo o sexo costumam ser tão acirradas, como ocorre nos debates sobre o direito (a norma é amiga íntima da sexualidade!) ao aborto.

A partir dessa ideia, é possível entender também por que a mulher e o corpo da mulher se constituíram ao longo do tempo aparentemente como objeto de desejo, sendo, em realidade, objeto estratégico de poder: é sobre o corpo da mulher que as disciplinas e as regulamentações operam de maneira simultânea no controle do corpo individual e social. Todas as quatro linhas de ataque de controle político do sexo apontadas por Foucault (sexualização infantil, histerização das mulheres, controle de natalidade e psiquiatrização das perversões) envolvem a vida das mulheres, ainda que indiretamente no papel de mães.

A substituição (com justaposições, interações e ecos de uma em relação à outra) da sociedade da sanguinidade, que tem as relações de sanguinidade como símbolo, pela sociedade do sexo, que tem a vida como objeto e alvo de intervenção política, foi promovida pelo desenvolvimento dessas novas técnicas de poder sobre a vida. A sexualidade é instrumentalizada para controlar a vida, possuindo efeito com valor de sentido (fls. 140 do pdf). Quando nos questionamos “qual o sentido da vida”, não estaríamos na verdade tentando identificar as forças que operam sobre a nossa vida e que nos conduzem pelos caminhos que seguimos? O filme “O sentido da vida” (em inglês “The meaning of life”) do grupo inglês Monty Python aborda essa questão de forma bastante pitoresca:



A preocupação com a perfeição da espécie, traço característico das ideologias eugenistas, é um retrato da passagem da sociedade da sanguinidade para a sociedade do sexo. Mas a ideia de sanguinidade é retomada na formação do racismo em interação com a sexualidade, com intervenções sobre a vida e o corpo individual e social fundamentadas na pureza do sangue, visando o triunfo da raça. Foucault cita as práticas nazistas de Hitler como o maior massacre da história da humanidade, mas a escravidão e tráfico negreiro poderiam se igualar ou até mesmo superar o suplício das vítimas do nazismo. A diferença é que os negros africanos foram escravizados na condição de propriedade dos senhores – submetidos, portanto, ao poder soberano de morte – e após a condenação jurídica da escravatura foram alçados à condição de raça inferior na sociedade do sexo. Sofrem, em fases diferentes da história, os efeitos do poder sobre a morte e a vida.

Como analisar o sexo em si na construção da sexualidade como dispositivo de poder político sobre a vida? O sexo ganhou teoria e características próprias – correspondentes a normas e a saberes – transformou-se em referencial, parâmetro de classificação das condutas humanas. Como diz Foucault, “o sexo pôde, portanto, funcionar como significante único e significado universal” (fls. 146 do pdf). Ponto de referência na constituição de sujeitos. O desejo do sexo funciona assim como o grilhão que nos aprisiona ao dispositivo da sexualidade, que nos constitui como assujeitados ao biopoder. A biopotência, a resistência ou contra-ataque ao dispositivo da sexualidade, deve partir dos corpos e dos prazeres.

domingo, 10 de setembro de 2017

Inscrições abertas para Lyfebulb-Novo Nordisk Innovation Summit - prêmio para melhor ideia é de US$ 25 mil

Pelo segundo ano consecutivo, a Novo Nordisk e a Lyfebulb apoiarão empreendedores pacientes que desenvolverem ideias inovadoras visando fortalecer e impactar positivamente a vida das pessoas que vivem com diabetes tipo 1 ou tipo 2 e, consequentemente, as comunidades às quais elas pertencem.

O Lyfebulb-Novo Nordisk Innovation Summit foi criado a partir do Lyfebulb Entrepreneur Circle, plataforma educativa e inspiradora voltada àqueles que vivem com doenças crônicas e que preconiza, dentre outras coisas, que empreendedores pacientes têm uma habilidade única de criar intervenções com um valor agregado singular, que vai além da terapia tradicional. O encontro deste ano reunirá empreendedores pacientes, fundadores da Lyfebulb, liderança da Novo Nordisk, pesquisadores, engenheiros e investidores para facilitar a discussão sobre como é possível melhorar a vida das pessoas que vivem com diabetes.

De acordo com o Vice-Presidente Sênior Global de Pesquisa & Desenvolvimento de Dispositivos da Novo Nordisk, Kenneth Strømdahl, "a crescente prevalência de diabetes torna a necessidade de inovação no tratamento do diabetes mais relevante do que nunca. Encorajando empreendedores pacientes, esperamos promover avanços significativos e incentivar projetos inovadores que sejam capazes de beneficiar a vida de milhões de pessoas". A médica Karin Hehenberger, CEO e fundadora da Lyfebulb, afirma: "Estamos ansiosos para trabalhar novamente com a Novo Nordisk, capacitando as pessoas que vivem com diabetes, encorajando-as a assumir o controle e a melhorar a qualidade de suas vidas".

Os projetos inscritos serão avaliados por um painel de jurados composto por representantes de organizações internacionais. Na edição deste ano, o evento contará com uma jurada brasileira: a jornalista Vanessa Pirolo, diagnosticada com diabetes em 2000 e, desde então, militante da causa – atualmente, ela coordena diversos projetos de comunicação voltados à educação sobre o diabetes na ADJ - Diabetes Brasil. De acordo com Vanessa, o convite surgiu por meio de um desses projetos. “Por meio do programa de Advocacy da ADJ, fui escolhida para participar do programa DEEPs - Disease Experience Expert Panels, que tem como propósito unir variados públicos para discutir tecnologias e projetos que promovam a qualidade de vida do paciente, entre eles o Lyfebulb - Novo Nordisk Innovation Summit”.

Para Vanessa, pessoas com diabetes têm uma visão mais sensível e conhecem a fundo as reais necessidades de quem necessita conviver com a doença, tendo um alto potencial para criar soluções inovadoras com foco em qualidade de vida. “Quanto mais acesso a tecnologias inovadoras, mais facilidade os pacientes terão para aderir ao tratamento e, assim, ter uma vida mais plena e sem complicações”, destaca.


Inscrições estão abertas e prêmio pode chegar a 25 mil dólares

O Lyfebulb-Novo Nordisk Innovation Summit reunirá 10 empreendedores pacientes para apresentar suas ideias a investidores, pesquisadores, engenheiros, líderes de P&D da Novo Nordisk e fundadores da Lyfebulb em Copenhague, Dinamarca. Os três empreendedores com as ideias mais inovadoras receberão incentivos financeiros para desenvolver seus projetos – US$ 25 mil, US$ 15 mil e US$ 10 mil para o primeiro, segundo e terceiro lugares, respectivamente.

"O avanço no cuidado do diabetes inclui apoiar empresas jovens e novas ideias", afirma Karin Hehenberger. "Como organização, a Lyfebulb acredita que o futuro do diabetes está nas mãos do paciente, e é por isso que estamos certos de que o empoderamento dos empreendedores pacientes assegurará que ideias inovadoras e efetivas sejam trazidas para o mercado", concluiu.

Interessados de todo o mundo em participar do Lyfebulb-Novo Nordisk Innovation Summit 2017 devem se inscrever no site http://lyfebulb.com/innovation-award/novo-nordisk-2017/* até 15 de setembro de 2017. Os 10 finalistas viajarão em novembro para Copenhague, Dinamarca, onde apresentarão seus projetos para os avaliadores.

*Todos os projetos devem ser submetidos em inglês.