Na última quinta-feira, dia 05/02/15, o Ministro da Saúde Arthur Chioro respondeu a perguntas feitas por internautas num hangout denominado de #PergunteAoMinistro, iniciativa que proporciona maior contato dos gestores da saúde com os cidadãos e também acesso direto da população às questões mais importantes de saúde.
Dentre os muitos dados da saúde no Brasil mencionado por Arthur Chioro durante o bate-papo, destacam-se os seguintes:
- o orçamento da saúde para este ano de 2015, que ainda deverá ser aprovado pelo Congresso Nacional, prevê investimentos na ordem de 109 bilhões e 200 milhões de reais, sendo que quase 100 bilhões serão aplicados em áreas exclusivamente de saúde, conforme definição dada pela Lei Complementar 141/2012 - das quais se excluem despesas com pagamento de aposentadorias e pensões, saneamento básico, obras de infraestrutura, entre outras constantes do artigo 4 da LC;
- o programa + especialidades contará ainda com destinação de recursos de outras fontes de financiamento nos próximos 4 anos, para não concorrer com os recursos já utilizados na atenção básica e outras áreas;
- com o programa + médicos, 63 milhões de pessoas a mais receberam atendimento em saúde, com 14.462 novos médicos na saúde pública;
- 16.500 brasileiros se inscreveram para as 4.600 vagas do programa + médicos em 2015;
- com o aumento da expectativa de vida dos brasileiros, atualmente 73% dos óbitos ocorrem em função de doenças crônicas;
- 52 milhões de brasileiros tem planos de saúde;
- SAMU atende 170 milhões de brasileiros;
- 54% dos recursos repassados pela União aos Estados e Municípios não são mais pela tabela SUS - resquício dos tempos de INAMPS - e são superiores aos valores previstos nessa tabela;
- atenção básica atende 130 milhões de brasileiros;
- até 2017 o Ministério da Saúde e o Ministério da Educação pretendem abrir 11.500 novas vagas em cursos de medicina em escolas públicas e privadas, privilegiando as regiões norte e nordeste, sendo que desde setembro de 2013 4.400 novas vagas foram abertas em todos o país.
O Ministro da Saúde também defendeu a Política Nacional da Humanização (PNH) como uma conquista do atendimento na saúde pública brasileira. À pergunta da internauta e nossa colega da RHS Sheila Souza sobre de que maneira a humanização do SUS contribui para a saúde pública no Brasil, Arthur Chioro respondeu que:
"Humanização significa garantia dos direitos das pessoas, respeito, significa a possibilidade dos trabalhadores da saúde também serem respeitados pelos usuários, e poderem se realizar profissionalmente. Significa compromisso, significa uma mudança de atitudes, de hábitos, de compromissos de muitos profissionais e de muitos serviços e de muitos gestores, para lutar pela qualidade de vida, pela dignidade das pessoas, pela inclusão daquelas pessoas que são discriminadas - e isso ainda é muito presente nos serviços de saúde, e se apresenta de uma maneira muito intensa na população de rua, população negra, homossexuais, travestis, transexuais, população cigana, só para dar alguns exemplos. Então a humanização é aquela coisa do quotidiano, do dia-a-dia, de saber conversar, olhar nos olhos, de ouvir, de tocar, de respeitar, de informar, e essa é efetivamente uma relação de mão dupla, porque não é só do profissional da saúde com o usuário, mas é também do usuário com o trabalhador, e do trabalhador com o gestor. Então é um grande desafio! Parece meio surreal que nós da área da saúde, que estudamos tanto tempo, tendo a morte, a saúde, a vida como nosso objeto de trabalho, tenhamos que lidar com o tema da humanização. Mas esse é talvez um efeito colateral do desenvolvimento tecnológico, do gerencialismo, e portanto um desafio para a sociedade humana, para as políticas públicas e para a sociedade brasileira garantir serviços de saúde que atendam de maneira mais humanizada e mais respeitosa os pacientes".
Para quem não conseguiu acompanhar a conversa ao vivo, segue vídeo com o bate-papo gravado. Nos primeiros dois minutos há um pequeno problema de retorno, resolvido aos 2 minutos e 10 segundos.
Dentre os muitos dados da saúde no Brasil mencionado por Arthur Chioro durante o bate-papo, destacam-se os seguintes:
- o orçamento da saúde para este ano de 2015, que ainda deverá ser aprovado pelo Congresso Nacional, prevê investimentos na ordem de 109 bilhões e 200 milhões de reais, sendo que quase 100 bilhões serão aplicados em áreas exclusivamente de saúde, conforme definição dada pela Lei Complementar 141/2012 - das quais se excluem despesas com pagamento de aposentadorias e pensões, saneamento básico, obras de infraestrutura, entre outras constantes do artigo 4 da LC;
- o programa + especialidades contará ainda com destinação de recursos de outras fontes de financiamento nos próximos 4 anos, para não concorrer com os recursos já utilizados na atenção básica e outras áreas;
- com o programa + médicos, 63 milhões de pessoas a mais receberam atendimento em saúde, com 14.462 novos médicos na saúde pública;
- 16.500 brasileiros se inscreveram para as 4.600 vagas do programa + médicos em 2015;
- com o aumento da expectativa de vida dos brasileiros, atualmente 73% dos óbitos ocorrem em função de doenças crônicas;
- 52 milhões de brasileiros tem planos de saúde;
- SAMU atende 170 milhões de brasileiros;
- 54% dos recursos repassados pela União aos Estados e Municípios não são mais pela tabela SUS - resquício dos tempos de INAMPS - e são superiores aos valores previstos nessa tabela;
- atenção básica atende 130 milhões de brasileiros;
- até 2017 o Ministério da Saúde e o Ministério da Educação pretendem abrir 11.500 novas vagas em cursos de medicina em escolas públicas e privadas, privilegiando as regiões norte e nordeste, sendo que desde setembro de 2013 4.400 novas vagas foram abertas em todos o país.
O Ministro da Saúde também defendeu a Política Nacional da Humanização (PNH) como uma conquista do atendimento na saúde pública brasileira. À pergunta da internauta e nossa colega da RHS Sheila Souza sobre de que maneira a humanização do SUS contribui para a saúde pública no Brasil, Arthur Chioro respondeu que:
"Humanização significa garantia dos direitos das pessoas, respeito, significa a possibilidade dos trabalhadores da saúde também serem respeitados pelos usuários, e poderem se realizar profissionalmente. Significa compromisso, significa uma mudança de atitudes, de hábitos, de compromissos de muitos profissionais e de muitos serviços e de muitos gestores, para lutar pela qualidade de vida, pela dignidade das pessoas, pela inclusão daquelas pessoas que são discriminadas - e isso ainda é muito presente nos serviços de saúde, e se apresenta de uma maneira muito intensa na população de rua, população negra, homossexuais, travestis, transexuais, população cigana, só para dar alguns exemplos. Então a humanização é aquela coisa do quotidiano, do dia-a-dia, de saber conversar, olhar nos olhos, de ouvir, de tocar, de respeitar, de informar, e essa é efetivamente uma relação de mão dupla, porque não é só do profissional da saúde com o usuário, mas é também do usuário com o trabalhador, e do trabalhador com o gestor. Então é um grande desafio! Parece meio surreal que nós da área da saúde, que estudamos tanto tempo, tendo a morte, a saúde, a vida como nosso objeto de trabalho, tenhamos que lidar com o tema da humanização. Mas esse é talvez um efeito colateral do desenvolvimento tecnológico, do gerencialismo, e portanto um desafio para a sociedade humana, para as políticas públicas e para a sociedade brasileira garantir serviços de saúde que atendam de maneira mais humanizada e mais respeitosa os pacientes".
Para quem não conseguiu acompanhar a conversa ao vivo, segue vídeo com o bate-papo gravado. Nos primeiros dois minutos há um pequeno problema de retorno, resolvido aos 2 minutos e 10 segundos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário