quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

Mitiê Hirakawa Sato - uma linda mulher!

Saiba mais sobre a campanha em prol da reativação do convênio entre o SUS estadual e o Hospital Sírio-Libanês para a realização de mastectomia pela rede pública de saúde por todas as mulheres do Estado de São Paulo no link: Mastectomizada, uma linda mulher!




"MITIÊ ", 68 anos, 14 de operada. Teve muito apoio familiar.

GOSTA de - cantar muito, dançar muito.

SONHO - ter mais dinheiro para viajar, e ficar pendurada com a CVC.

HISTÓRIA - Na lua de mel, não tinha cama de casal. Naquele tempo, não tinham coragem de reclamar, de fazer barulho, nem pensaram em juntar as camas. E nada aconteceu.

Outro dia ele perguntou:
- Você tem outro homem?
- Eu? Por que? Depois de velho está com ciúmes de mim?
Isso porque a semana da Mitiê é assim: 2ª feira aula de dança no Café; 3ª feira aula de Karaokê + Coral do PDA; 4ª feira Coral do PDA de novo + aula de dança; 5ª feira Coral do Estrela da Mama; 6ª feira limpa a casa ou sai para passear. Só isso!




Leia as histórias das lindas mulheres mastectomizadas em Estrela da Mama

terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

Sobre jornalismo e democracia

As manchetes do dia seguinte à derrubada do Presidente JOÃO GOULART.

Uma das grandes vítimas do Regime Militar foi a Imprensa. Porém, antes de sofrerem com a censura, boa parte dos veículos de comunicação chegaram a comemorar o Golpe Militar.

Fonte: TV BRASIL - 01/04/2014



O Mercado de Notícias

O documentário "O Mercado de Notícias", de Jorge Furtado, traz os depoimentos de treze importantes jornalistas brasileirxs sobre o sentido e a prática de sua profissão, as mudanças na maneira de consumir notícias, o futuro do jornalismo, e também sobre casos recentes da política brasileira, onde a cobertura da imprensa teve papel de grande destaque.

Os depoimentos dxs 13 jornalistas brasileirxs (Bob Fernandes, Cristiana Lôbo, Fernando Rodrigues, Geneton Moraes Neto, Janio de Freitas, José Roberto de Toledo, Leandro Fortes, Luís Nassif, Maurício Dias, Mino Carta, Paulo Moreira Leite, Raimundo Pereira, e Renata Lo Prete) podem ser vistos na íntegra pelo youtube, e estão reunidos no link: http://www.omercadodenoticias.com.br/entrevistas/

Fonte: O Mercado de Notícias
 

domingo, 22 de fevereiro de 2015

Parto normal fortalece a saúde do bebê

O nascimento de um filho é certamente uma das etapas mais especiais da vida de uma mulher. É o momento em que ela e a família direcionam todos os seus esforços para que tudo corra bem com a mãe e com o bebê. Sendo assim, o parto torna-se um momento decisivo para a construção de um vínculo que deve durar a vida toda.



Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), dar à luz a um bebê é um ato natural. De acordo com a organização, se tudo estiver bem com mãe e com a criança, o parto é um processo fisiológico que requer pouca intervenção médica. A cesárea – que é uma cirurgia de média porte – é recomendada em casos de complicações reais para a mulher e para o bebê e necessita, portanto, de indicação médica. Conforme a OMS, o índice aceitável de cesarianas fica em torno de 15%.

No entanto, atualmente, 55% dos partos realizados no Brasil são cesarianas. O índice – que é de 40% no SUS – chega a 84% na rede privada. Para reduzir esses números, o Ministério da Saúde e a ANS anunciaram, em janeiro, uma série de medidas para estimular a realização de partos normais e reduzir o alto índice de cesáreas desnecessárias no País.

Para a dentista Andreia Barroca, de 33 anos, que passou pelos dois tipos de parto – uma cesariana na primeira gravidez e um parto normal na segunda gestação – não existe comparação entre os dois procedimentos. Segundo ela, são inúmeras as vantagens do parto normal para a mãe e para o bebê, tanto física quanto emocionalmente. Andreia é mãe de Lucca, de 5 anos, e de Cauã, de um mês.


 
A dentista Andreia Barroca ao lado do marido Plauto Martins, no nascimento do segundo filho do casal, Cauã. O sucesso da experiência de Andreia convenceu o próprio marido sobre as vantagens do parto normal. Foto: Arquivo pessoal.

 
“A recuperação do parto normal é muito melhor. É maravilhoso você estar bem e não ter a dor depois do parto, não ter aquela restrição de movimentos que a cesárea ocasiona. Você poder estar ali inteira para cuidar do bebê, para atender as necessidades do seu filho, sem as restrições que uma cirurgia gera. Na cesárea não, você quer fazer tudo aquilo que o bebê demanda, mas você tem dores, tem limitação de movimentos. No parto normal você está inteira para cuidar do seu filho e dar a atenção que ele precisa”, revela.

Além disso, Andreia, que em sua segunda gravidez fez um parto humanizado, destaca que o parto natural estimula fortemente o vínculo entre mãe e bebê.

“A experiência que a gente teve com o parto normal e humanizado foi maravilhosa. O meu filho nasceu e veio direto para o meu colo. Ele ficou em contato, pele a pele comigo de uns 30 a 40 minutos. Só então ele foi levado para fazer os exames. Ele nasceu bem, porque ele nasceu na hora dele. O próprio semblante de bebê que nasce de parto humanizado é diferente, porque ele é respeitado”, afirmou.

Segundo a obstetra Renata Reis, a cesariana é uma cirurgia extraordinária que sempre salvou muitas vidas. Entretanto, a profissional alerta que é fundamental o procedimento ser realizado de maneira necessária. De acordo com a médica, uma cesariana marcada representa uma chance três vezes maior de morte tanto para a mãe quando para o bebê. Além disso, há maiores chances de hemorragia, infecção, trombose, além dos riscos relacionados à anestesia.

Para a criança, a principal consequência é a prematuridade e a imaturidade pulmonar. De acordo com dados do Ministério da Saúde, as cesáreas agendadas também aumentam em 120 vezes a probabilidade de problemas respiratórios para o recém-nascido e se trata da principal causa do encaminhamento de bebês para UTIs neo-natais.

Renata também enfatiza que a única prova existente que um bebê está pronto para o nascimento é o trabalho de parto. “Realizar uma cesariana marcada, ainda que seja em uma idade gestacional mais avançada, com 39 ou 40 semanas, não significa que o bebê está pronto para nascer. Talvez aquele bebê precisasse de mais tempo para estar completamente maduro. Quando não ocorre o trabalho de parto, o bebê não tem o seu tempo respeitado”, alerta.




A dentista Andreia Barroca grávida do segundo filho, Cauã, que nasceu em um parto normal humanizado. Foto: Arquivo pessoal.


A médica ainda destaca que o contato do bebê com as bactérias e os micro-organismos existentes no canal vaginal estimula o sistema imunológico do recém-nascido, fazendo com que o parto normal seja responsável por evitar doenças futuras como asma, obesidade e doenças autoimunes. Segundo Renata, o trabalho de parto é uma experiência fortalecedora da saúde da criança.

É o que também argumenta a mãe de Lucca e Cauã. Para Andreia, depois que a mulher tem acesso real à informação é muito difícil que ela escolha uma cesárea agendada. “No meu segundo parto, eu fui atrás do empoderamento, da informação, para que bem informada eu pudesse fazer a melhor escolha. Eu acho que uma mulher que tem acesso de fato à informação vai querer, pelo menos, entrar em trabalho de parto”, afirma.

Ela fala do medo que muitas mulheres alimentam em relação ao parto normal: “O parto natural é trabalhoso, é cansativo, mas a recuperação é maravilhosa. É evidente que o parto normal dói, mas não é uma dor de sofrimento, é uma dor que tem como objetivo trazer o seu filho bem ao mundo. A gente tem que estar preparada. O melhor remédio para a ansiedade é a informação”, defende.


Cultura

Para a coordenadora da Saúde da Mulher do Ministério da Saúde, Esther Vilela, a reversão do número de cesáreas agendadas no Brasil passa por uma mudança cultural e comportamental no processo de atenção ao parto.

Segundo ela, os altos índices de cesáreas agendadas no País são resultado de fatores como a comodidade, em virtude da compatibilização de agendas entre mães e médicos, a relativa praticidade do procedimento cirúrgico – que não dura mais de duas horas – além do receio que muitas mulheres cultivam em relação ao parto normal.

É por isso que, de acordo com a coordenadora, o Ministério da Saúde tem investido, nos últimos anos, para instituir uma mudança no modelo de atenção ao parto de modo a melhorar e qualificar a assistência obstétrica e neonatal no Brasil.

Nesse sentido, ela destaca a importância da presença das enfermeiras obstétricas ou obstetrizes na atenção às mulheres em partos de baixo risco, a reformulação dos centros de parto normal em ambientes mais acolhedores para as gestantes, além do respeito à privacidade e à liberdade da mulher no momento do parto.




Para a coordenadora do Ministério da Saúde, Esther Vilela, “não podemos desconsiderar a importância do trabalho de parto, do parto natural e do contato imediato entre mãe e bebê para a formação da saúde física, emocional e mental da criança, imediatamente e a longo prazo.” Foto: Divulgação – Gabinete Digital/PR.


Medidas

Uma das medidas anunciadas recentemente pelo Ministério da Saúde prevê que as usuárias de planos de saúde tenham direito à informação sobre o percentual de partos normais e cesáreas realizados por médico, hospital e por operadora. Os planos de saúde terão prazo máximo de 15 dias para prestar as informações. Para Esther Vilela, essa é uma medida fundamental para um processo de transparência e empoderamento das mulheres em relação ao parto e ao nascimento. “A partir de agora elas vão poder saber melhor o que estão contratando”, afirma.

Além disso, os planos de saúde precisarão fornecer às mulheres o cartão da gestante; um registro de todo o pré-natal. De posse desse cartão, qualquer profissional de saúde tem conhecimento sobre a gestação daquela mulher, facilitando o atendimento quando ela entrar em trabalho de parto.

Outra novidade é que os médicos e hospitais precisarão apresentar às operadoras de planos de saúde o chamado partograma; registro gráfico da evolução do trabalho de parto. O objetivo da medida é reduzir as cesarianas agendadas e ocorridas sem as mulheres entrarem em trabalho de parto. O documento será considerado parte integrante do processo para pagamento do parto.

De acordo com a obstetra Renata Reis, é por meio desse registro gráfico que o profissional consegue avaliar se aquele trabalho de parto evolui de maneira satisfatória. “Se não existir trabalho de parto, evidentemente não há partograma”, destaca.




A realização de um parto humanizado inclui um acompanhamento antes, durante e no pós-parto. Nas fotos, mulheres praticam ioga como preparação física e mental para o nascimento dos filhos.

Foto: Divulgação – Gabinete Digital/PR.


Humanização

Para a educadora física, Carmen Palet, que trabalha como doula há 12 anos, o parto é um processo tão natural como a concepção, a gestação e a amamentação.

Nesse sentido, Carmen esclarece a diferença entre a função da doula e da parteira em um parto natural. Segundo ela, o papel da doula é prover a mulher de conforto e de apoio físico e psicológico, enquanto a técnica e o trabalho clínico ficam por conta da enfermeira, do médico ou da parteira.

Nesse processo, ela destaca que o primeiro passo para o sucesso de um parto humanizado é a criação de um vínculo de confiança entre a mãe e a doula, que se consolida antes, durante e depois do parto. Ela ainda relata que em um parto humanizado as crianças são acolhidas de uma forma tão tranquila e respeitosa, que em muitos casos nem choram

Sobre o receio das mulheres em relação às dores do parto, Carmen enfatiza que há várias técnicas não farmacológicas para alívio da dor, como massagens, água quente e mudanças de posições. Além disso, ela destaca que há sempre um plano B para casos de complicações, que são sempre detectadas precocemente.

“Quando uma mulher consegue vivenciar seu próprio parto ela geralmente se sente muito completa e realizada. Dificilmente elas se arrependem. As coisas valorosas e importantes na vida não vêm de forma fácil. O filho, por ser uma conquista muito especial, vem dentro de um movimento de empenho e dedicação, onde o amor e a entrega dessa mulher só constrói e fortalece o vínculo entre mãe e filho”, conclui.

Fonte: Blog do Planalto

sábado, 21 de fevereiro de 2015

Crianças e diabetes na escola - Kids and Diabetes in School (KiDS)



Você conhece algum aluno com diabetes? Será que novas informações sobre diabetes precisam ser encaminhadas para o dia a dia nas escolas? E alimentação saudável e prática de atividade física são importantes para todos os alunos? E o diabetes, o que muda na rotina escolar?

Pensando nisso, a ADJ Diabetes Brasil em parceria com a Internacional Diabetes Federation – IDF, está disponibilizando um pacote educativo para informar sobre diabetes nas escolas para responder a estas questões.

O pacote educativo do projeto KIDS &Diabetes em Schools está dividido em módulos para quatro públicos diferentes:

Pacote educativo 1: Equipe da escola.

Pacote educativo 2: Familiares de alunos com diabetes.

Pacote Educativo 3: Alunos

Pacote educativo 4: Familiares de alunos

Nestes módulos são apresentadas informações como: O que é diabetes, tipos de diabetes, informações sobre o tratamento, situações de emergência na escola, atividades físicas, alimentação, atividades extracurriculares, entre outras informações.

Vamos divulgar esta ideia!

Este pacote educativo pode ser distribuído gratuitamente nas escolas e já está disponível em 8 idiomas:

árabe: 

português: 

mandarim: 

inglês: 

francês: 

hindi: 

russo: 

espanhol: 


Acesse e imprima seu pacote educativo: www.idf.org/education/kids

 

Fonte: 
Vanessa Pirolo, assessora de imprensa da Associação de Diabetes Juvenil - ADJ
International Diabetes Federation - IDF

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

O cinismo de São Paulo contra a saúde e a dignidade humana dos cidadãos, ou A Piada Estatal

Direito e Justiça: antônimos ou sinônimos? Um estudo de caso envolvendo o direito à saúde e o tratamento de diabetes

Acolhido em recurso o pedido de liminar que fiz para que Érica iniciasse o quanto antes o tratamento (1), o Tribunal de Justiça de São Paulo fixou 10 dias para o cumprimento da ordem judicial. Mas, mesmo eu avisando pessoalmente a Secretaria da Saúde sobre sua obrigação, levando até o Secretário da Saúde cópia da decisão, Érica não recebeu a bomba de infusão de insulina, nem os insumos, nesse prazo. Mais um mês estava se passando.

Informado acerca do descumprimento por parte da Secretaria Estadual de Saúde, o Juiz concedeu novo prazo, agora de 5 dias, para que a insulina e a bomba e os respectivos insumos fossem definitivamente entregues. E mais uma vez, levei pessoalmente a cópia da decisão judicial até o Secretário do Estado da Saúde.

Faltando apenas um dia para o fim do segundo prazo (e já passados dois meses da concessão da liminar), Érica recebeu um telegrama da Secretaria do Estado da Saúde informando que os medicamentos referentes ao seu processo estavam disponíveis para retirada no posto de distribuição.

Mas, ao comparecer no local indicado para retirada dos insumos, não recebeu nada, porque a bomba de insulina não era a indicada na receita médica - apresentada ao Secretário de Saúde por 3 vezes - fato reconhecido pela própria Secretaria do Estado da Saúde, que orientou Érica a “esperar mais um pouco” para que comprassem o aparelho correto.

Érica também recebeu a informação de que a Secretaria do Estado da Saúde havia “aprovado” apenas o fornecimento da bomba de insulina, ou seja, não receberia os demais insumos necessários à sua utilização (cateter e reservatório), nem a insulina

Como ao final da decisão o Juiz do Tribunal de Justiça mencionou a concessão do “equipamento médico pleiteado”, em clara utilização de metonímia (2), já que o pedido era de fornecimento da bomba infusora de insulina e dos demais equipamentos necessários à sua utilização, sem os quais não tem utilidade para x usuárix, limitando-se ao sentido literal do termo, o Estado de São Paulo dispôs a Érica apenas a bomba infusora. Forneceu a bomba infusora de insulina, recusando-se a fornecer a insulina.

Somente após a ameaça de bloqueio da conta bancária do Estado de São Paulo, e depois de uma discussão hermenêutica prescindível sobre o sentido da expressão “equipamento médico pleiteado” - partindo-se do pressuposto de que gestores da saúde, Juízes e Procuradores do Estado entendem figuras de linguagem e raciocínio lógico - a paciente recebeu do SUS a bomba de insulina e seus insumos, e também a insulina.

A partir de então, receberia todo mês os insumos da bomba na quantidade utilizada mensalmente, como ocorre com os portadores de doenças crônicas que utilizam medicamentos por período indeterminado e/ou vitalício fornecidos pelo SUS.

Mas, em função do cinismo estatal e da falta de pulso e de sensibilidade do Juiz que conduzia o processo, que poderia e deveria ter aplicado multas e bloqueado a conta do Estado antes - sem prejuízo de processar o Secretário da Saúde por improbidade administrativa (3), conforme eu havia pedido desde o primeiro descumprimento de prazo, Érica começou seu tratamento apenas 3 meses depois de concedida a liminar pelo Tribunal de Justiça.


Reflexão pessoal:

Lamentável perceber que a Secretaria do Estado da Saúde de São Paulo, além de não cumprir o objetivo para que foi constituída – cuidar da saúde dos cidadãos, ainda tenta ludibriar a pessoa doente e necessitada de tratamento, e o Judiciário também, seja por não cumprir as ordens judiciais no prazo, seja por tentar entregar “gato por lebre”, no caso uma bomba de infusão de insulina diferente da indicada pelo médico. E pior, entregar a bomba de insulina, e não entregar a insulina e os demais insumos para uso do equipamento.

 

Referências: 

(1) Leia o capítulo anterior em http://deboraligieri.blogspot.com.br/2014/07/portadores-de-doencas-cronicas-nao-sao.html

(2) Figura de linguagem que consiste em empregar um termo no lugar de outro, havendo entre ambos estreita afinidade ou relação de sentido, como, no presente caso, a parte (equipamento) pelo todo (terapêutica com a bomba infusora de insulina e respectivos materiais de utilização).

(3) O Código de Processo Civil brasileiro em vigor até o fim de 2015, em seu artigo 461 e parágrafos, autoriza o Juiz a determinar todas as medidas próprias ao cumprimento da ordem judicial. Neste caso, considerando que o Estado de São Paulo não forneceu os materiais para a utilização da bomba infusora de insulina, bloqueou-se valor em dinheiro correspondente à quantia necessária para a aquisição pelo próprio autor da ação.



Capa da graphic novel "Batman: A piada mortal" de Allan Moore e Brian Bolland

terça-feira, 17 de fevereiro de 2015

Congresso Internacional de Humanidades e Humanização em Saúde

O Congresso Internacional de Humanidades e Humanização em Saúde, realizado no ano de 2014, foi uma iniciativa da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo e do Hospital das Clínicas da FMUSP junto às comemorações dos setenta anos do HC.

O principal objetivo do evento foi promover a discussão sobre a humanização nos serviços de saúde e o papel das humanidades no ensino dos profissionais da área de saúde.

Transformado em curso na modalidade EAD (ensino à distância), através do link http://eep.hc.fm.usp.br/humanizacao é possível se cadastrar e acessar gratuitamente os vídeos das mesas e conferências ocorridas durante o Congresso, e ainda obter certificado de participação.

Público-alvo: profissionais e estudantes da área de saúde; profissionais envolvidos com a formação de alunos na área de saúde; gestores de serviços de saúde, pessoas interessadas na temática do evento.

Fonte: Rede HumanizaSUS e Escola de Educação Permanente - FMUSP
 
 

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2015

Faça a Rede Minha Campinas acontecer!

Já imaginou o que você faria se tivesse o poder de mudar Campinas para melhor? O que você mudaria? Você pode e tem esse poder! E com a Rede Minha Campinas todos os cidadãos e cidadãs terão muitas ferramentas para exercê-lo!

A Minha Campinas será um espaço democrático, dentro e fora da internet, para que milhares de pessoas se mobilizem por uma cidade melhor!

Devemos participar sempre das decisões que impactam nossas vidas, não apenas a cada 4 anos! Acreditamos em uma atuação conjunta, horizontal, grande e diversa. Em rede somos mais fortes e podemos enfrentar os desafios da nossa cidade! Por isso, convidamos você a nos ajudar a criar a Minha Campinas e ser a mudança que queremos para nossa cidade!

 
A Rede Nossas Cidades acredita que a construção de cidades melhores começa com cidadãos mais engajados e conectados. A Rede dá suporte às mobilizações criadas pelas pessoas para que construam cidades mais inclusivas, sustentáveis, criativas, compartilhadas e gostosas de se viver.

O modelo que começou com o Meu Rio em 2011, no Rio de Janeiro, e depois com a Minha Sampa em 2014, em São Paulo, agora pode chegar a outras 7 cidades do Brasil: Blumenau, Campinas, Curitiba, Garopaba, Ouro Preto, Porto Alegre e Recife.

Juntos seremos uma comunidade de milhares de pessoas que pressionam políticos e tomadores de decisão, colaboram com ideias e compartilham seus talentos para aproximar suas cidades dos sonhos e desejos de seus cidadãos.

Conheça algumas vitórias da Rede e os aplicativos Panela de Pressão (pressão direta), o Imagine (co-criação de soluções urbanas), o De Guarda (vigília coletiva), o Multitude (ação voluntária) e o Compartilhaço (compartilhamento coletivo). 

 
Essa campanha é parte do processo seletivo da 1ª turma que irá replicar o modelo da Rede Nossas Cidades em suas cidades. No total foram 126 candidatos do Brasil e do mundo e Campinas ficou entre as 7 finalistas!

Agora temos pouco mais de 30 dias para arrecadar R$ 14.000,00 para a formação da nossa equipe e o processo de incubação da Rede Minha Campinas:

Formação: passagens e a hospedagem para uma residência de 1 mês no Rio de Janeiro, onde será oferecido treinamento completo com a equipe da Rede Nossas Cidades e outros profissionais de renome.

Incubação: acompanhamento da Rede Nossas Cidades junto ao trabalho da nossa equipe pelo período de um ano.

Mas muito mais que a viabilização financeira do programa, essa campanha de financiamento coletivo possui um significado ainda maior dentro do processo de seleção que estamos participando: uma oportunidade de entendermos se os Campineiros, de certidão e coração, estão dispostos a colaborar com uma rede que cria ferramentas e dá suporte a participação de todos nas decisões da cidade.

Além disso tudo, na prática, alcançar nossa meta de arrecadação significa ter: acesso à adaptação dos aplicativos da Rede para Campinas, conhecimento de novas metodologias e tecnologias, suporte legal, conexões e um monte de outras coisas bacanas.

Mas assim como a lista é grande, os custos também. A maior parte desse programa será financiado pela Rede Nossas Cidades através do prêmio arrecadado no Desafio de Impacto Google Brasil e de seus outros financiadores. O valor restante fica sob responsabilidade de todos nós, apaixonados por Campinas, através de financiamento coletivo. Veja abaixo um gráfico que explica o custo final da nossa campanha:



Nós, fundadores da futura Rede Minha Campinas, formamos um grupo de 7 pessoas - André, Claudia, Eduardo, Elisa, Helena, Juliana e Marcelo - que já atua em Campinas através do CDI Campinas promovendo há 14 anos o acesso às tecnologias digitais de maneira reflexiva. Esse trabalho criou aproximadamente 300 projetos de transformação social e envolveu quase 45.000 educandos. Entendemos que cumprimos uma missão nesse período e, para continuar a ajudar no empoderamento dos cidadãos queremos contar com a metodologia e a tecnologia da Rede Nossas Cidades para criar a Rede Minha Campinas. 



É isso mesmo! Se não atingirmos os R$ 14.000,00 totais até o prazo final, perdemos tudo e todo o dinheiro arrecadado retorna para os respectivos doadores. Sim, se arrecadarmos R$13.999,99 até o prazo final, não recebemos nada e o dinheiro volta para você. :( 

 
Você pode contribuir de muitas formas, e todas envolvem a participação ativa em Campinas!

Curta. Comente. Debata. Compartilhe. Doe! Tudo isso colabora com a Minha Campinas. Queremos sair do papel e da tela para construir a cidade que sonhamos viver e conviver! Quanto mais pessoas ajudarem, mais força essa rede vai ter para impactar a cidade!

Se quiser nos ajudar a botar a mão na massa pra fazer a Rede Minha Campinas acontecer entre no nosso grupo de discussão no facebook e fique a vontade pra colaborar com ideias, contatos e sugestões! Venha ser a mudança da nossa cidade!
 
Além de escrever seu nome na história da nossa cidade, ao apoiar a construção da Rede Minha Campinas você também leva pra casa recompensas incríveis que preparamos com muito carinho especialmente pra você. Veja abaixo as recompensas e escolha na barra ao lado qual você vai querer levar:

(+) Agradecimento na página do facebook da Minha Campinas; Nome no site na seção de financiadores; Diário de Bordo digital do primeiro ano da Minha Campinas; Adesivo do mobilizador da Minha Campinas; Caneca do mobilizador da Minha Campinas; Camiseta do mobilizador

(+) Feijoada de mobilizadores! Para a cota de 100 reais ou mais vamos te convidar para uma feijoada no Lagoa Restaurante Arte (Rua Carolina Florence, 623) , no dia 09 de maio, pra gente se conhecer! Todos os participantes do almoço participarão do vídeo de lançamento da Minha Campinas!

(+) Uma ou duas unidades do "Jogo da vida: brincando de cidadania" jogo educativo exclusivo de mobilização social. Caminhe pelo tabuleiro, encontre as cartas de obstáculo com causas da cidade e use as cartas de mobilização para tentar construir uma cidade melhor para todos!

(+) Evento para jogarmos o Jogo da vida das mobilizações, aqui em Campinas mesmo, em maio desse ano. Um jogaço!

(+) Workshop da rede Minha Campinas. Um encontro de 3 horas com a nossa equipe e até 20 pessoas de sua escolha! Vamos compartilhar nossos conhecimentos e espalhar a mudança pela cidade! Vamos combinar com você onde e quando será realizado! Mas precisa ser em um raio de até 200km de Campinas.

PS: garantimos a entrega das recompensas acima (exceto as experiências) por correio para todo o Brasil. Mas, para aqueles que moram em Campinas e região, daremos a opção (na verdade, é mais um convite!) para vir nos conhecer, retirar suas recompensas e já batermos um papo de como podemos transformar nossa cidade!

Fonte: Catarse e Claudia Helena Oliveira

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

Diferenças entre o sof sensor e o enlite

Em junho de 2012 comecei o meu tratamento com a bomba de infusão de insulina Paradigm 722 da Medtronic, que recebi do SUS via processo judicial, de forma definitiva. Ainda não havia sido lançada no Brasil a VEO, bomba de insulina com suspensão automática da infusão em casos de hipoglicemia, tampouco o sensor enlite que pode ser utilizado com qualquer uma delas.

Assim, o meu monitoramento sempre foi feito através do sof sensor, o primeiro modelo de sensor de glicose intersticial da Medtronic. Demorei cerca de 6 meses até me adaptar completamente a ele, e conhecer na prática todas as suas idiossincrasias, conforme postagens anteriores desta seção "Dicas de bomba de insulina e de sensor".

Quando a VEO começou a ser comercializada no Brasil, em meados de 2014, conversei com meu médico a respeito da troca do modelo de bomba e de sensor, porque mesmo melhorando drasticamente o meu controle glicêmico (a minha hemoglobina glicada antes da bomba ficava em níveis acima de 7,5% e com muitos espasmos hipoglicêmicos, e depois da bomba a glicada se reduziu a menos de 6,5,% e sem hipoglicemias graves), a minha glicemia costuma cair de madrugada, período de pior desempenho do sensor.

Na ocasião ele me alertou acerca da real eficácia do novo sensor, questionando se as medidas eram acuradas o suficiente para que a suspensão da infusão por hipoglicemia não acarretasse hiperglicemia posterior em função de erro na medição, e me aconselhou a fazer um teste com o enlite antes de solicitar a troca ao SUS.

Usando o novo sensor durante este mês, verifiquei que, na prática, há algumas diferenças de ordem mecânica que refletem em singela melhoria de desempenho, mas que não são suficientes para classificar o enlite como muito superior em acurácia ao sof sensor.

Enquanto a instalação do sof sensor ocorre num ângulo de 45º a 60º, a do enlite é em 90º, o que facilita a inserção da agulha aplicadora do sensor e diminui as chances de machucados durante a entrada na pele, que interferem na acurácia das medições. Com o sof sensor tive sangramentos em algumas ocasiões, e usando o enlite não ocorreu sangramento em qualquer das aplicações.

aplicação do sof sensor


aplicação do enlite


Por outro lado, para fazer a instalação no braço (região em que uso o sensor) o aplicador do sof é melhor para a retirada da agulha pelx próprix usuárix. Há dois vídeos no youtube com demonstração por usuárixs da inserção do sensor no braço. Mas no video do enlite, a diabética necessita pedir ajuda ao companheiro para retirada da agulha, enquanto que no video do sof o diabético faz toda a aplicação sozinho:
video sobre aplicação do enlite


video sobre aplicação do sof sensor


O enlite possui dois adesivos (inexistentes no sof sensor) - um que fica abaixo do minilink e outro que o recobre por cima - que ajudam a manter o transmissor colado à pele. Considerando que quanto menor a mobilidade do transmissor melhor a medição da glicemia, este fato também colabora para o bom desempenho desse sensor. Mas esses adesivos dificultam a retirada do sensor da pele, e o que vai por cima deixa uma cola residual no transmissor.

Há um outro adesivo, autônomo em relação ao enlite, destinado a mantê-lo completamente imóvel, que também pode ser utilizado com o sof sensor, mas que é de difícil colocação no braço por quem faz a aplicação sozinhx por ser muito mole. Em todas as instalações precisei do auxílio do meu companheiro para colar este adesivo.



O número do isig, que a grosso modo corresponde à quantidade de células do líquido intersticial que estão em contato com o sensor dentro da pele, a partir das quais a medida de glicemia é calculada, é maior no enlite. Teoricamente, considerando que maior número de células disponíveis para a aferição da média da glicose resultaria em mais dados para se analisar e, portanto, maior acurácia, essa seria uma grande vantagem. Mas na prática, esse isig maior não produz os resultados imaginados.

Tanto com o sof sensor quanto com o enlite, as medidas das 6 primeiras horas de uso e das últimas 12 costumam se distanciar bastante da medida aferida pelo dextro. Em condições de normalidade, essa diferença varia entre 10 e 20 mg/dl, mas nas primeiras 6 horas e últimas 12 (principalmente nessas) podem chegar a uma diferença de até 100mg/dl. Isso ocorre com o uso de ambos os sensores. Também nos casos de oscilações glicêmicas mais acentuadas os dois sensores deixam a desejar.

Durante a madrugada, período em que geralmente não tomamos muita água (o que diminuiria a quantidade do líquido intersticial e também o número do isig), o sensor costuma apontar uma medida inferior àquela do dextro. Muitas vezes a minha bomba apita avisando que a glicemia está abaixo de 70 mg/dl, quando, na verdade, ela está próxima de 100 mg/dl. E também ocorrem erros para cima, o que já me causou hipoglicemias ao despertar por bolus de correção desnecessário. Isso ocorre com o sof sensor, e também com o enlite.

Procurando por publicações acerca do tema, encontrei um estudo (1) que aponta que o enlite tende a indicar uma medida menor do que a real em qualquer situação, e que o sof sensor indicaria glicemia maior em casos de hipoglicemia e menor em casos de hiperglicemia. A diferença absoluta média em relação à glicose apresentada e aquela medida pelo sensor seria de 15% para o enlite e de 12% para o sof sensor. Ou seja, cada sensor teria suas falhas de acurácia de acordo com situações específicas: o enlite, o tempo todo para baixo, e o sof sensor em situações de oscilações extremas, mais alta nas quedas e mais baixa nas elevações de glicemia.

Mas na prática, essas pequenas diferenças parecem inexistentes. Achei o enlite igualmente funcional em relação ao sof sensor, com bom e mau desempenho em situações bem parecidas, embora o enlite tenha funcionado por mais tempo justamente pelas questões mecânicas: entrada da agulha em 90º e fixação maior do sensor e do transmissor por adesivos. Na parte tecnológica parecem absolutamente iguais!

De qualquer forma, e apesar das falhas em relação às horas de uso, oscilações glicêmicas mais acentuadas e período noturno, somente utilizando a bomba com o monitoramento da glicose intersticial consegui evitar as crises espasmódicas que me acometiam todas as semanas. Aprendendo as nuances de funcionamento do sensor, qualquer um deles é excelente (principalmente para assintomáticxs como eu) e auxilia a melhorar o controle da glicemia. Assim, ainda analisarei melhor com meu médico se trocaremos ou não o modelo do sensor.

Quanto ao modelo da bomba, não sinto confiança ainda para utilizar a VEO, pois me parece que o desempenho do sensor não é suficientemente acurado para evitar hiperglicemias posteriores a uma suspensão desnecessária. Neste aspecto, sinto-me mais segura realizando dextro após aviso de hipo da bomba e, com suspensão (não automática) apenas em situações de queda extrema e em alta velocidade.

terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

Manifestações reumatológicas do diabetes

- Deve se efetuar pesquisa de limitação da mobilidade articular em pacientes diabéticos, especialmente nos de tipo 1, com longa duração e controle glicêmico insatisfatório;

- Pesquisa-se a limitação de mobilidade das mãos pelo sinal de prece e alteração ao encostar a palma da mão em uma mesa. No tornozelo, pesquisa-se a limitação da mobilidade com goniômetro;

- Não há tratamento específico para a limitação da mobilidade articular. Há algumas evidências de que a melhora do controle glicêmico auxilie a evolução. Fisioterapia e exercícios de alongamento podem amenizar o quadro;

- Contratura de Dupuytren é mais comum em diabéticos. O tratamento consiste em melhorar o controle glicêmico, fisioterapia e, eventualmente, tratamento cirúrgico;

- Deve-se efetuar diagnóstico da síndrome de túnel do carpo pela combinação de sintomas e sinais clínicos sugestivos. O diagnóstico é mais provável se houver positividade no teste de Phalen ou também na pesquisa do sinal de Tinel. Tais teste não são confiáveis em casos mais graves. Deve-se reservar estudo de conclusão nervosa a casos duvidosos, caso se considere descompressão cirúrgica;

- O tratamento da síndrome do túnel do carpo é essencialmente conservador, incluindo splinting do pulso, fisioterapia, terapia ocupacional e injeção local de corticosteroides. Não se recomenda o uso de anti-inflamatórios não hormonais para tratar a síndrome do túnel do carpo;

- O tratamento cirúrgico traz resultados melhores do que o clínico em pacientes com quadros mais graves de síndrome de túnel do carpo;

- Deve-se considerar como hipótese diagnóstica tenossinovite de flexor ou dedo em gatilho no caso de paciente com DM que tenha um ou mais nódulos palpáveis e espessamentos próximos ao tendão ou bainha dos flexores, que possam levar a limitação de movimentos e desconforto ou dor palmar durante os movimentos;

- O tratamento da tenossinovite de flexor ou dedo em gatilho consiste, de início, na injeção de corticosteroide no tendão flexor sintomático, frequentemente curativo. No caso de pacientes que não desejarem tratamento invasivo, deve-se tentar anti-inflamatórios não hormonais ou bandagens;

- Deve-se pensar em síndrome da dor complexa regional do tipo 1 (antiga distrofia simpaticorreflexa) em casos de dor neuropática associada a alterações vasomotoras e/ou autonômicas em paciente com DM;

- É essencial considerar para o tratamento da síndrome da dor complexo regional: fisioterapia e terapia medicamentosa para controlar dor crônica (antidepressivos tricíclicos, anticonvulsionantes, corticosteroides orais, neurolépticos ou bloqueio neuronal);

- Por meio do teste de Apley e da mobilidade passiva para diagnóstico de capsulite adesiva (CA) do ombro, deve-se pesquisar pacientes diabéticos com queixa de dor ou limitação do movimento dos ombros;

- Embora o diagnóstico de capsulite seja clínico, deve-se considerar radiografia no diagnóstico diferencial de dor no ombro para excluir outras causas;

- O uso de anti-inflamatórios não hormonais e corticosteroides orais oferece melhora sintomática na fase aguda dolorosa. Deve-se avaliar a relação risco-benefício do uso de tais drogas em pacientes diabéticos;

- Pode-se tratar pacientes com sintomas persistentes de dilatação articular por injeção intra-articular de corticosteroides e solução salina;

- Após a fase dolorosa, o tratamento da CA do ombro consiste em exercícios e fisioterapia;

- Deve-se sempre considerar artrite séptica e piomiosite como diagnósticos diferenciais de artrites (especialmente monoartrites) e miosites, respectivamente, em pacientes diabéticos.

Fonte: Diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes 2013/2014



Mais informações sobre o assunto:

Manifestações musculoesqueléticas em diabetes mellitus

Manobra de Phalen

Síndrome do túnel do carpo

Síndrome da dor complexa regional dos tipos 1 e 2

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

Conversa do Ministro da Saúde com internautas #PergunteAoMinistro

Na última quinta-feira, dia 05/02/15, o Ministro da Saúde Arthur Chioro respondeu a perguntas feitas por internautas num hangout denominado de #PergunteAoMinistro, iniciativa que proporciona maior contato dos gestores da saúde com os cidadãos e também acesso direto da população às questões mais importantes de saúde.

Dentre os muitos dados da saúde no Brasil mencionado por Arthur Chioro durante o bate-papo, destacam-se os seguintes:

- o orçamento da saúde para este ano de 2015, que ainda deverá ser aprovado pelo Congresso Nacional, prevê investimentos na ordem de 109 bilhões e 200 milhões de reais, sendo que quase 100 bilhões serão aplicados em áreas exclusivamente de saúde, conforme definição dada pela Lei Complementar 141/2012 - das quais se excluem despesas com pagamento de aposentadorias e pensões, saneamento básico, obras de infraestrutura, entre outras constantes do artigo 4 da LC;

- o programa + especialidades contará ainda com destinação de recursos de outras fontes de financiamento nos próximos 4 anos, para não concorrer com os recursos já utilizados na atenção básica e outras áreas;

- com o programa + médicos, 63 milhões de pessoas a mais receberam atendimento em saúde, com 14.462 novos médicos na saúde pública;

- 16.500 brasileiros se inscreveram para as 4.600 vagas do programa + médicos em 2015;

- com o aumento da expectativa de vida dos brasileiros, atualmente 73% dos óbitos ocorrem em função de doenças crônicas;

- 52 milhões de brasileiros tem planos de saúde;

- SAMU atende 170 milhões de brasileiros;

- 54% dos recursos repassados pela União aos Estados e Municípios não são mais pela tabela SUS - resquício dos tempos de INAMPS - e são superiores aos valores previstos nessa tabela;

- atenção básica atende 130 milhões de brasileiros;

- até 2017 o Ministério da Saúde e o Ministério da Educação pretendem abrir 11.500 novas vagas em cursos de medicina em escolas públicas e privadas, privilegiando as regiões norte e nordeste, sendo que desde setembro de 2013 4.400 novas vagas foram abertas em todos o país.

O Ministro da Saúde também defendeu a Política Nacional da Humanização (PNH) como uma conquista do atendimento na saúde pública brasileira. À pergunta da internauta e nossa colega da RHS Sheila Souza sobre de que maneira a humanização do SUS contribui para a saúde pública no Brasil, Arthur Chioro respondeu que:

"Humanização significa garantia dos direitos das pessoas, respeito, significa a possibilidade dos trabalhadores da saúde também serem respeitados pelos usuários, e poderem se realizar profissionalmente. Significa compromisso, significa uma mudança de atitudes, de hábitos, de compromissos de muitos profissionais e de muitos serviços e de muitos gestores, para lutar pela qualidade de vida, pela dignidade das pessoas, pela inclusão daquelas pessoas que são discriminadas - e isso ainda é muito presente nos serviços de saúde, e se apresenta de uma maneira muito intensa na população de rua, população negra, homossexuais, travestis, transexuais, população cigana, só para dar alguns exemplos. Então a humanização é aquela coisa do quotidiano, do dia-a-dia, de saber conversar, olhar nos olhos, de ouvir, de tocar, de respeitar, de informar, e essa é efetivamente uma relação de mão dupla, porque não é só do profissional da saúde com o usuário, mas é também do usuário com o trabalhador, e do trabalhador com o gestor. Então é um grande desafio! Parece meio surreal que nós da área da saúde, que estudamos tanto tempo, tendo a morte, a saúde, a vida como nosso objeto de trabalho, tenhamos que lidar com o tema da humanização. Mas esse é talvez um efeito colateral do desenvolvimento tecnológico, do gerencialismo, e portanto um desafio para a sociedade humana, para as políticas públicas e para a sociedade brasileira garantir serviços de saúde que atendam de maneira mais humanizada e mais respeitosa os pacientes".

Para quem não conseguiu acompanhar a conversa ao vivo, segue vídeo com o bate-papo gravado. Nos primeiros dois minutos há um pequeno problema de retorno, resolvido aos 2 minutos e 10 segundos. 

domingo, 8 de fevereiro de 2015

Brincar o carnaval faz bem à saúde

Durante os anos da gestão Kassab na prefeitura de São Paulo, os blocos de carnaval de rua perderam apoio e investimentos, direcionados para os desfiles das Escolas de Samba, restritos a espectadores pagantes. Em sentido contrário, a gestão Haddad, valorizando a importância dos blocos de carnaval de rua como parte integrante do patrimônio cultural da cidade de São Paulo, vem promovendo o aumento da folia gratuita nas ruas da Capital.

Em 2013, quando foi procurada pela organização dos blocos carnavalescos da cidade, a Prefeitura abriu diálogo para que os blocos de rua voltassem a ter seu espaço valorizado. E o Carnaval de Rua 2015 é o resultado dessa experiência iniciada há dois anos. Fruto do diálogo, da retomada democrática dos espaços públicos para o cidadão, da descentralização da festa (há programação por toda a cidade) e da inserção de São Paulo no circuito da mais brasileira das festas. Este ano, desde 31/01/15, 300 blocos devem levar 2 milhões de foliões para as ruas da Capital.

Entre eles, destaca-se a Banda Redonda, fundada por Carlos Costa (Carlão) e Plínio Marcos, entre outros atores do Teatro de Arena, jornalistas, músicos, artistas e boêmios que frequentavam o Bar e Restaurante Redondo. Saiba mais na página do facebook: Banda Redonda - a mais antiga do centro da cidade de São Paulo vem aí

Fonte: Carnaval de rua de São Paulo




Ministério da Saúde lança campanha de prevenção às DST e aids para carnaval 2015

A maioria dos brasileiros (94%) sabe que a camisinha é melhor forma de prevenção às DST e aids. Mesmo assim, 45% da população sexualmente ativa do país não usou preservativo nas relações sexuais casuais nos últimos 12 meses. Os dados, inéditos, são da Pesquisa de Conhecimentos, Atitudes e Práticas na População Brasileira (PCAP), apresentados nesta quarta-feira (28), em Brasília, durante o lançamento da campanha de prevenção às DST e Aids para o Carnaval 2015. Realizada em 2013, a pesquisa entrevistou 12 mil pessoas na faixa etária de 15 a 64 anos, por amostra representativa da população brasileira.

Diante deste panorama, o Ministério da Saúde optou por uma campanha de carnaval focada na prevenção, combinando camisinha, testagem e tratamento. Para tanto, houve um fortalecimento de estratégias complementares ao uso do preservativo. Um exemplo é introdução, em dezembro de 2013, do novo Protocolo de Tratamento para Adultos. O documento possibilitou o acesso aos antirretrovirais a todas as pessoas com o vírus da Aids. Atualmente, são cerca de 400 mil pessoas em tratamento, com 22 medicamentos antirretrovirais distribuídos pelo SUS.

TESTAGEM - Paralelo às campanhas de incentivo ao sexo seguro, que são desenvolvidas pelo Governo Federal, estados e municípios - o Brasil tem adotado outras estratégias de prevenção, como a ampliação da testagem do HIV. Em 2014, foram distribuídos 6,4 milhões de testes rápidos para HIV, número 26% superior aos 4,7 milhões distribuídos em 2013. Das cerca de 734 mil pessoas que vivem com HIV e aids no Brasil atualmente, 80% foram diagnosticadas.

O ampliação da assistência às pessoas com HIV e aids e o incentivo ao diagnóstico precoce fazem parte das estratégias do Ministério da Saúde no cumprimento da meta “90-90-90”, que corresponde a 90% de pessoas testadas, 90% tratadas e 90% com carga viral indetectável até 2020. As metas foram adotadas pelo Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids (UNAIDS).

CAMPANHA - A mensagem geral da campanha de carnaval deste ano é informar o jovem para se prevenir contra o vírus da aids, usar camisinha, fazer o teste e, se der positivo, começar logo o tratamento, reforçando o conceito “camisinha + teste + medicamento” de prevenção combinada.

São 129 mil cartazes em quatro versões – segmentados para a população jovem, travesti e jovem gay – um spot de rádio, 315 mil folders explicativos da prevenção combinada e um vídeo para TV.

CAMISINHAS - Nos aeroportos de Santos Dumont, no Rio de Janeiro, Salvador e Recife serão instalados 34 displays para a retirada de camisinhas. Os equipamentos serão instalados, a partir de 1º de fevereiro, nos banheiros femininos e masculinos destes aeroportos. Inicialmente, serão abastecidos com 195 mil preservativos. Neste ano, além do Carnaval, a campanha será estendida, com adaptações, para festas populares - como São João e outros eventos - durante todo o resto do ano.

Apenas para o período do carnaval, o Ministério da Saúde está distribuindo aos estados de todo país 70 milhões de preservativos. Ao todo, os estados já contam com estoque de 50 milhões de unidades para as ações cotidianas de prevenção, o que inclui o carnaval. O quantitativo de camisinhas é definido com base no consumo médio mensal, além da capacidade de armazenamento e o estoque presente no almoxarifado. Nos últimos cinco anos, o Ministério da Saúde passou aos estados 2,2 bilhões de preservativos.

CENÁRIO AIDS – Desde os anos 80, foram notificados 757 mil casos de aids no Brasil. A epidemia no país está estabilizada, com taxa de detecção em torno de 20,4 casos, a cada 100 mil habitantes. Isso representa cerca de 39 mil casos de aids novos ao ano. O coeficiente de mortalidade por aids caiu 13% nos últimos 10 anos, passando de 6,4 casos de mortes por 100 mil habitantes em 2003, para 5,7 casos em 2013.

Fonte: Blog da Saúde
 
Veja também o sítio temático do Ministério da Saúde: Departamento de DST, AIDS e hepatites virais


sábado, 7 de fevereiro de 2015

Segurança e eficácia dos produtos para saúde - bomba de insulina

Qualquer produto colocado à venda no mercado de consumo, além de cumprir com as promessas feitas através de anúncio (artigo 30 do Código de Defesa do Consumidor), deve servir adequadamente ao uso a que se destina - ou seja deve funcionar sem apresentar qualquer defeito (artigo 12, § 1º, do CDC). Isso vale também para equipamentos médicos, porque os produtos colocados no mercado de consumo não podem acarretar riscos à saúde ou segurança dos consumidores (artigo 8º, do CDC).

Ainda que o equipamento de saúde tenha sido recebido do Estado, a Anvisa, que regula a comercialização de produtos para saúde para os setores privado e público (todos nós cidadãos), dispõe que eles não podem colocar em risco a saúde das pessoas, e portanto devem servir ao uso sem qualquer problema durante o seu prazo de validade.

Em janeiro deste ano de 2015, algumas pessoas que usam bomba de infusão de insulina denunciaram em grupos do facebook um defeito com o botão do aparato, algumas delas relatando que, quando entraram em contato com a fabricante, a empresa recusou a troca alegando tratar-se o caso de "uso indevido".

Considerando que o produto deve servir ao uso a que e destina (infusão contínua de insulina) e que não pode colocar em risco a saúde dxs usuárixs (deixar de ministrar a insulina), todas as pessoas que encontrarem problemas com o funcionamento da bomba de insulina tem direito à troca, pouco importando se a comprou ou se a recebeu do Estado.

A fundamentação consumerista para o direito à reposição do produto é a responsabilidade do fabricante/comerciante pelos defeitos que o produto apresentar, independente da culpa de quem a usa, conforme o artigo 12 do Código de Defesa do Consumidor.

Simplificando um pouco mais: a empresa que comercializa a bomba (no caso de bombas de infusão de insulina, as empresas obedecem às mesmas leis no Brasil, portanto não faz diferença alguma ser Roche ou Medtronic) deve garantir a segurança do produto, e se ele apresentar defeito (qualquer defeito: interno - como por exemplo defeito em algum botão - ou em relação às peças externas - clipes, cateteres, reservatórios, etc), tem a obrigação de substituir por outro que funcione. Se for defeito da bomba, deve substituir a bomba, e se for defeito da peça externa, deve substituir a peça externa.

Bombas de insulina, em geral, tem um prazo de validade de 4 anos. Portanto, se sua bomba tem menos de 4 anos e apresenta defeitos (a minha tem quase 3 anos e o botão "act" está começando a ficar resistente aos comandos, logo mais acredito que terei que solicitar a troca), a empresa deve substituir por outra que funcione perfeitamente. Se passou de 4 anos, aí de fato a empresa não é obrigada a fazer a reposição, porque o prazo de validade se expirou.

Mas se não for esse o caso, exija a troca, e caso a empresa alegue que a culpa é sua (lembrando que eles são responsáveis pela segurança e eficácia do produto que comercializam, e que também devem ter provas de que você não utilizou da forma adequada antes de fazer essa afirmação), diga que fará uma denúncia do produto à tecnovigilância da Anvisa e que buscará seus direitos, inclusive indenização por danos morais, porque quem usa bomba de insulina depende dela para sobreviver, e não podemos ter a vida arriscada porque a empresa não quer substituir um produto defeituoso que colocou em circulação.

Este é o link da Anvisa para denúncias: http://www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/fale.htm

No caso da alegação de "uso indevido" do botão, é clara a tentativa da empresa de se esquivar de sua obrigação de repor o produto defeituoso, pois a única forma de apertar um botão é apertando! Assim, essa é uma evasiva que não deve ser aceita pelx usuárix.