quarta-feira, 1 de março de 2017

Debate “SUS em desmonte?” discute momento atual da saúde pública

O Sistema Único de Saúde (SUS) é um dos principais alvos das reformas propostas pelo presidente não eleito Michel Temer. As duas principais frentes de mudanças são a criação e difusão do Plano de Saúde Acessível e a redução de investimentos no SUS que, segundo especialistas, pode prejudicar o sistema pelas próximas duas décadas.

Discutir esse cenário atual é o principal objetivo do debate realizado pelo portal Saúde Popular e pela Rede Nacional de Médicas e Médicos Populares, no próximo dia 2 de março, às 19 horas, ao vivo pelo Facebook (https://www.facebook.com/saudepopular.org/).

Farão parte da discussão o economista e consultor da comissão de financiamento e orçamento do Conselho Nacional de Saúde (Cofin-CNS), Francisco Funcia, e a professora Laura Feuerwerker, da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo.

A PEC 55, que congela por 20 anos as despesas com Saúde, Educação e Previdência Social, também será tema do debate. Funcia considera essa proposta “o maior ataque ao SUS e à Constituição Federal dos últimos 30 anos”.

Laura trará suas contribuições como pesquisadora e médica. Sobre o SUS, ela acredita que há problemas reais no sistema que em grande medida vem sendo construído com menos recursos do que necessita. “Em países que têm modelo semelhante ao programa Saúde da Família, por exemplo, há uma média de uma equipe para cada 1.500 pessoas; aqui é um para cada 1.500, 2 mil famílias (três a quatro vezes mais gente)”. diz Laura.
Três reais por dia por pessoa é o valor que sustenta os serviços oferecidos pelo SUS somando recursos da União, estados e municípios. Esse valor seria suficiente? Como ficaria caso as reformas sugeridas se tornem realidades? São essas e outras questões que os entrevistados irão responder.

Participe e envie dúvidas na página do evento.






Francisco Funcia
Economista, consultor da Comissão de Financiamento e Orçamento do Conselho Nacional de Saúde (CNS). Diretor da ABrES – Associação Brasileira de Economia da Saúde. Possui graduação em Ciências Econômicas pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (1981) e mestrado em Economia Política pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (1998). Atualmente é consultor da Vignoli e Funcia Consultores Ltda. e da FGV Projetos e professor do Instituto Mauá de Tecnologia e da Universidade Municipal de São Caetano do Sul. Foi gestor dos cursos de Ciências Econômicas e Ciências Contábeis e Diretor da Área de Ciências Contábeis e Ciências Econômicas da Universidade Municipal de São Caetano do Sul. Tem experiência como gestor público e como diretor e gestor de curso superior. Tem experiência na área de Economia, com ênfase em Economia e Administração Pública, atuando principalmente nos seguintes temas: fiscal, finanças públicas, emprego, desenvolvimento, financiamento do Sistema Único de Saúde/SUS, conjuntura e política econômica.


Laura Feuerwerker
Possui graduação em Medicina pela Universidade de São Paulo (1983), mestrado em Saúde Pública pela Universidade de São Paulo (1997), doutorado em Saúde Pública pela Universidade de São Paulo (2002) e livre-docência em Saúde Pública pela Universidade de São Paulo (2012). Atualmente é professora associada da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo do Departamento de Prática de Saúde Pública, Linha de Pesquisa Política e Gestão. É colaboradora da Linha de Micropolítica do Trabalho e o Cuidado em Saúde da Pós-Graduação de Clínica Médica da Universidade Federal do Rio de Janeiro. No campo da produção do conhecimento, atua principalmente nos seguintes temas: políticas públicas na área da gestão, da produção do cuidado e do trabalho em saúde, educação de profissionais de saúde. Na extensão, desenvolve atividades de apoio à educação permanente e ao desenvolvimento da gestão junto a secretarias municipais de saúde e ao ministério da saúde.

Leia artigo de Laura Feuerwerker "Desmonte do SUS: desafios locais e a autonomia da gestão": https://saude-popular.org/2017/02/artigodesmonte-do-sus-desafios-locais-e-a-autonomia-da-gestao/

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